A arquiteta Greice Bonatti me contou um pouco sobre a sua busca por inovação. Ela está sempre melhorando os métodos de trabalho para prestar um serviço diferenciado. Seus projetos autorais são destaque nas redes sociais e reconhecidos entre os profissionais de arquitetura. Depois de anos trabalhando em uma construtora, abriu seu próprio escritório de arquitetura e é pioneira no uso da Realidade Virtual.
Como surgiu a ideia da Realidade Virtual
Em 2014, a Realidade Virtual ainda estava engatinhando. Mesmo sendo uma tecnologia em fase inicial, já haviam modelos de óculos de imersão virtual. Através desses óculos eram feitas apresentações de imóveis na planta, transmitindo às pessoas a sensação de estar dentro do projeto do imóvel (em fase de lançamento). Esse método era utilizado por construtoras, mas não era comum um escritório de arquitetura usar Realidade Virtual.
Em 2014 eu estava fazendo MBA e tive um professor que trabalhou em grandes construtoras. Ele comentou sobre a Realidade Virtual e como ela estava começando a ser utilizada em São Paulo. Ela permitia venda de imóveis à distância, com o cliente visitando o imóvel a partir de um projeto 3D.
Na época, eu ainda trabalhava em uma construtora aqui em Blumenau-SC e acabamos não implantando a tecnologia. Mas aquela informação ficou na minha cabeça e eu via a Realidade Virtual como uma ótima forma de inovar. Quando decidi abrir o escritório, voltei a buscar mais informações para começar a aplicar.
Inovando no escritório de arquitetura
Quando trabalhava na construtora, grande parte de suas responsabilidades eram técnicas e, principalmente, voltadas às obras. Quando iniciou as atividades em seu escritório, os desafios surgiram já no atendimento do seu primeiro cliente, com a demanda de um projeto de interiores.
Eu percebia que o cliente tinha dificuldade em entender o que eu estava falando. Eu apresentava as imagens planas na tela do computador, mas ele não conseguia ter a visão do todo. Outro item que dificultava a compreensão dele eram os renders que eu usava, que na época eram em baixa resolução.
Ele não conseguia ver os diferentes tipos de texturas. Por exemplo, não ficava claro para ele que aquele revestimento que parece cinza, na verdade é um revestimento em linho. Essas coisas geravam muita revisão nos projetos. Foi então que senti a necessidade de melhorar a qualidade das imagens para apresentação.
A busca pelas melhores imagens
Ela contou que começou a buscar por profissionais para lhe auxiliar na geração de renders de qualidade. Em um primeiro momento, ela terceirizou essa etapa com um profissional de design 3D. Como ele já possuía um pouco de experiência na renderização de imagens 360, começaram algumas conversas sobre este assunto.
Comecei a pesquisar o que os escritórios maiores estavam fazendo. Pesquisei o que as construtoras de São Paulo estavam fazendo. E então decidi que eu precisava ter as imagens em 360 graus e iria utilizar a Realidade Virtual na apresentação dos meus projetos. Todo o esforço empregado na qualidade das imagens 360 me faria ganhar tempo na apresentação para os clientes.
A apresentação dos projetos de arquitetura
Segundo ela, na faculdade há várias horas/aula destinadas a leitura e compreensão de plantas baixas. Parece ser algo simples, mas há certa complexidade. Se já é difícil para os profissionais, imagine para as pessoas leigas. Para os arquitetos, é um desafio transmitir aos clientes esse conhecimento em tão poucos minutos.
Além da planta baixa e das imagens estáticas, eu ainda tinha que abrir o Sketchup e navegar pelo projeto. Dessa forma, eu mostrava aos clientes as ligações entre os cômodos. Eu tinha que mostrar como eram as entradas e saídas dos ambientes. Ainda assim, sentia que todos esses recursos não eram suficientes.
Começando a utilizar a Realidade Virtual
Enquanto buscava uma forma de utilizar a Realidade Virtual, a Greice continuou apresentando os projetos da mesma forma. Até aquele momento, as soluções em VR que ela encontrava não eram viáveis financeiramente. Então, em uma conversa informal com um amigo, descobriu a Imersio, uma empresa de Blumenau-SC que estava criando uma plataforma de Realidade Virtual voltada ao mercado imobiliário e arquitetura.
Como plataforma de Realidade Virtual, achei o MeuPasseioVirtual muito simples, prático e intuitivo. Alem disso, totalmente viável, pois o investimento é muito baixo. Eu decidi utilizar ele e comecei a estudar como poderia melhorar a qualidade das imagens normais e imagens 360. E então, vi que precisava fazer outros investimentos dentro do escritório, principalmente em computadores.
A Greice estava convicta de que o uso da Realidade Virtual iria mudar a forma como o cliente via o projeto. A visualização do projeto de forma imersiva iria impactar positivamente na reunião com o cliente. Ela estava determinada a fazer com que os clientes realmente entendessem suas propostas e visualizassem cada um dos detalhes.
Renderização das imagens 360°
A Greice me explicou o quanto é importante se dedicar na modelagem, definição de texturas e detalhes de acabamento. São itens necessários para que a imagem 360 fique realística. Isso faz com que o cliente, ao vestir os óculos, possa entrar no projeto 3D e entender a proposta facilmente. Esse formato de apresentação reduziu muito o número de revisões.
Os clientes ficam mais felizes com a apresentação em Realidade Virtual e saem da reunião totalmente satisfeitos. Para eles é muito impactante e todos ficam surpresos com a experiência! Ainda são poucos os profissionais de arquitetura que utilizam.
Como eu não renderizava as imagens em alta qualidade, os computadores que eu tinha me atendiam. Quando decidi trabalhar com imagens melhores, precisei fazer um upgrade nas máquinas. Mas, os escritórios que já renderizam as imagens em alta não precisam fazer esse investimento em computadores.
O tempo necessário para a renderização das imagens 360 é um pouco relativo. Uma imagem 360 de alta resolução leva um tempo significativo para a renderização. Entretanto, esse tempo pode ser igual ou até menor se considerarmos o tempo de renderização de várias imagens estáticas para um mesmo ambiente.
As imagens 360 levam um tempo maior de renderização. Entretanto, se eu gerar várias imagens estáticas de alta qualidade, a imagem 360 acaba levando o mesmo, ou até menos.
A experiência em utilizar Realidade Virtual
Já apresentei projetos com a Realidade Virtual para clientes de várias cidades aqui em Santa Catarina, do Alto-vale ao Litoral. Eu percebo o quanto eles ficam felizes em poder visualizar o projeto através dos óculos de imersão. É uma grande novidade para todos eles.
Vejo a Realidade Virtual de forma positiva. Ajuda a reduzir o número de revisões e deixa o cliente mais satisfeito com o meu trabalho. Do lado do cliente, ele pode “entrar” no projeto e ter a sensação de estar visitando a sua casa. Ele entende o projeto e se sente mais seguro. Eu penso que a Realidade Virtual é um caminho sem volta, não cogito voltar atrás.
Sobre usar o MeuPasseioVirtual
A Greice destacou que a facilidade de uso do MeuPasseioVirtual deixa o trabalho mais simples. Ele permite uma comunicação direta com o cliente, que pode ver o seu projeto em 360 sem sair de casa. Ela utiliza um dos recursos de compartilhamento, integrado ao WhatsApp, e envia uma mensagem para o cliente com o link do Tour Virtual.
Gosto muito de utilizar o MeuPasseioVirtual. Eu acho ele muito fácil de usar, é muito intuitivo. Essa praticidade facilita a minha vida. Um dos recursos que uso muito é o compartilhamento dos Tours Virtuais pelo WhatsApp. Eu consigo enviar o link do Tour Virtual para o cliente e ele abre direto no celular, sem precisar instalar nenhum outro aplicativo. Esse recurso é excelente.
Atendimento de clientes à distância
Ela comentou que as imagens em 360 graus são conteúdos interessantes para contato com clientes à distância. Nas redes sociais, eles ajudam a impulsionar as publicações nos perfis e geram envolvimento com a audiência. Ela também pontuou que, o uso de uma plataforma de Realidade Virtual permite a apresentação de projetos à distância.
Não vejo nada muito fora do normal nas redes sociais. Mas, percebo que as pessoas elogiam, comentam e outras ficam surpresas e dizem que não sabiam que era possível ver os projetos dessa forma. Na minha opinião, esses conteúdos contribuem ainda mais na validação da qualidade do meu trabalho.
Quanto ao uso profissional, as imagens 360 e a plataforma do MeuPasseioVirtual me ajudam a atender clientes à distância. Já desenvolvi projetos para clientes de outros estados com atendimento totalmente online! Antes, isto era algo impensável. E hoje, isso só é possível pois a apresentação dos ambientes é feita em 360 graus.
Investimento em Realidade Virtual
Uma plataforma como o MeuPasseioVirtual demanda de um investimento muito baixo. Os planos cabem no bolso de profissionais autônomos e também de grande escritórios. Um óculos de imersão virtual de qualidade custa menos de R$200,00. Meu maior investimento foi em máquinas: precisei fazer um upgrade nos computadores para conseguir renderizar imagens 360 em melhor qualidade.
Alterações e adaptações no processo
Um dos itens destacados pela Greice foi quanto ao seu processo de desenvolvimento dos projetos. Ao introduzir a Realidade Virtual como ferramenta de apresentação, ela precisou adaptar parte de seus processos. Isso se deve, principalmente, pela necessidade de trabalhar de forma diferente os ambientes nas modelagens 3D.
Eu preciso pensar em 360. Isso muda a forma de desenvolver o projeto, pois a renderização da imagem mostrará o ambiente como um todo. É diferente de uma renderização comum. Para a Realidade Virtual a modelagem precisa ficar perfeita, o cliente tem que ter a sensação de estar dentro de um ambiente de verdade.
Eu sempre explico aos clientes sobre o uso da Realidade Virtual no desenvolvimento e apresentação dos meus projetos. Mostro as etapas, o cronograma e apresento alguns dos projetos já realizados. O feedback é sempre positivo.
Apresentação do projeto
Nas apresentações dos seus projetos, a Greice entrega ao cliente um conjunto de experiências. Utilizando vários recursos, ela estimula diferentes sentidos do clientes, desde o toque nos revestimentos até a imersão virtual no projeto em 360. E tudo isso é feito em um curto espaço de tempo, não comprometendo a agenda e outros compromissos dos clientes.
Eu preparo para a reunião uma mesa com amostras dos materiais que estou usando no projeto. Também deixo disponível os óculos de realidade virtual para ele navegar pelas imagens 360. Para a apresentação, conecto meu computador em uma TV e uso o MeuPasseioVirtual para mostrar o Tour 360. Desta forma, funciona muito bem para mim e a apresentação fica completa.
Estou conversando com a Greice para gravarmos um vídeo sobre o uso das tecnologias na Arquitetura, principalmente sobre o uso da Realidade Virtual. Deixo aqui os seus contatos profissionais, vale a pena conferir o trabalho que a Greice vem realizando.
Arquiteta Greice Bonatti | Santa Lili Arquitetura
Instagram: @santaliliarq
Contato: contato@santalili.com
—
O que achou desse depoimento? Espero que ele lhe inspire a inovar e buscar por alternativas e tecnologias que criem diferenciais competitivos para o seu negócio!
Abraços!
Maicon Klug
contato@imersiovr.com
—
Sócio-fundador da Imersio
Idealizador do projeto MeuPasseioVirtual
Empreendedor
Investidor (Startups e Mercado Imobiliário)
—–