Pilares da Realidade Virtual - Primeiro Pilar: Conteúdo Imersivo

1° Pilar da Realidade Virtual: Conteúdo Imersivo

O Conteúdo Imersivo é o primeiro pilar da Realidade Virtual.

Ele é o ambiente virtual para onde somos transportados durante a experiência imersiva.

É ele quem determina o sucesso ou o fracasso da experiência de imersão virtual.

Para garantir que a experiência seja positiva, é preciso conhecer quais são os tipos de Conteúdo Imersivo.

É importante saber como e onde utilizar cada conteúdo.

O uso de um tipo de conteúdo em um contexto errado coloca em risco toda a experiência.

Existem 3 (três) tipos de Conteúdo Imersivo. Eles podem ser utilizados em vários tipos de experiência.

Porém, é importante identificar qual o público-alvo e qual o contexto da experiência.

Por exemplo: Jogos em VR tendem a ter um público mais jovem e uma experiência com muitos movimentos.

É fundamental priorizar a experiência positiva dos usuários.

Isto é possível respeitando o contexto geral: público-alvo e o que se espera transmitir com a experiência de Realidade Virtual.

Como gerar um Conteúdo Imersivo

Conteúdos Imersivos conseguem mostram 100% de um ambiente (todos os lados e por todos os ângulos).

Já os conteúdos convencionais captam apenas parte do ambiente (ou seja, menos de 100%).

Logo, não é possível criar uma experiência de imersão virtual utilizando conteúdos digitais convencionais.

Também não há como transformar ou converter um conteúdo convencional em imersivo.

Por exemplo, se eu capto uma foto do horizonte que está à minha frente, não consigo ver na foto o que está atrás de mim.

Desta forma, não há como ter imersão em uma foto que mostra apenas 50% do ambiente.

Para utilizar a Realidade Virtual é preciso criar conteúdos exclusivos que permitam imersão: imagens 360, vídeos 360 ou projetos 3D.

Esses conteúdos são captados por câmeras 360 ou gerados a partir de softwares de modelagem 3D.

Eles conseguem mostrar o ambiente como um todo.

O Conteúdo Imersivo precisa ser gerado no formato correto.

Existem câmeras específicas para a captação de fotos 360 e vídeos 360.

Para conteúdos criados em computador, os softwares de modelagem 3D dão suporte à geração de conteúdo para Realidade Virtual.

A captação de fotos e vídeos é feita por uma câmera 360.

Os projetos, renderizações e animações 3D são gerados a partir de softwares de modelagem.

Realidade Virtual em imagens/renders 360 graus para Arquitetura, Design de Interiores e empresas de Móveis Planejados

Tipos de Conteúdo Imersivo

Não há uma regra exata sobre o uso de cada tipo de Conteúdo Imersivo.

Porém, é preciso saber o objetivo do uso da Realidade Virtual e o que se espera como resultado da experiência.

Definindo esses dois itens, é possível escolher o tipo de Conteúdo Imersivo que atenderá melhor a demanda.

Imagens 360 são usadas em muitas experiências de Realidade Virtual.

Entretanto, há experiências onde um vídeo 360 é mais interessante.

Já em outras experiências é mais indicado a utilização de projetos 3D.

Qual o objetivo da sua experiência e quais resultados você espera?

Para cada objetivo, público e experiência desejada há um conteúdo imersivo mais indicado.

É entretenimento? Você quer mostrar detalhes de um produto? Quer estimular a decisão de compra?

Quer simular um procedimento de risco? Realizar um treinamento Apresentar um imóvel ou um projeto de arquitetura?

Conheça os tipos de Conteúdo Imersivo.

Imagens 360

Imagine uma imagem 360 como sendo uma grande esfera. Durante a imersão virtual nós estamos dentro dessa esfera, bem no meio dela.

A partir desse ponto de observação conseguimos ter uma visão completa do ambiente, por todos os lados. Visualizamos o ambiente como um todo.

Uma imagem tradicional capta apenas parte de um todo. A observação do ambiente ocorre a partir de um único ângulo, uma única posição.

Se a imagem convencional fosse uma grande esfera, ela estaria incompleta. Parte dela sempre estaria faltando.

Imagens 360 podem ser fotografias 360.

Elas registram ambientes reais e são captadas a partir de câmeras 360.

Imagens 360 também podem ser imagens 3D.

Elas mostram ambientes virtuais gerados a partir de softwares de modelagem 3D (processo conhecido como renderização).

Exemplos de imagens 360

Essa é uma imagem 360 renderizada a partir de um software de modelagem 3D. Veja que ela parece estar distorcida.

Isso ocorre porque ela está sendo exibida “aberta” em uma tela plana. Este é um aspecto normal de uma imagem 360 vista dessa forma.

Exemplo de uma imagem 360° no formato equirretangular - Renderização 3D
Exemplo de uma imagem 360° no formato equirretangular – Renderização 3D

Essa é outra imagem 360 captada a partir de uma câmera 360.

Essa fotografia 360 também é uma esfera e, assim como a imagem 360 anterior, está sendo exibida aberta em uma forma plana.

Exemplo de uma imagem 360 no formato equirretangular - Fotografia 360
Exemplo de uma imagem 360 no formato equirretangular – Fotografia 360

Agora, clique aqui e veja essas mesmas imagens 360 a partir de uma plataforma de Realidade Virtual.

A plataforma atua como um “player 360”.

Ela identifica o formato 360 das imagens e permite que elas se tornem interativas, sendo possível mover e girar elas para todos os lados e ângulos.

A plataforma utilizada neste exemplo foi o MeuPasseioVirtual.

Ele é um tipo de Aplicativo VR que permite criar apresentações interativas chamadas Tours Virtuais 360.

Um Tour Virtual é criado a partir de várias imagens 360. O resultado final é muito semelhante com o que vemos no Google Street View.

Onde usar imagens 360

Imagens 360 são indicadas para experiências imersivas onde o objetivo é fazer com que as pessoas visualizem o ambiente virtual com atenção.

Por serem conteúdos estáticos, não há o risco de gerar movimentos bruscos ou involuntários.

Quando a pessoa está vestindo o Óculos VR, ela consegue facilmente olhar os detalhes do ambiente e realizar ações por contra própria.

Exemplo: acessar um menu de opções, exibir informações adicionais de um objeto ou ainda se locomover entre um ambiente e outro.

Tours Virtuais 360

O Tour Virtual 360 é um tipo de apresentação interativa criada a partir do agrupamento de várias imagens 360.

Dentro do Tour Virtual as imagens se conectam entre si, permitindo transitar entre elas de forma semelhante ao Google Street View.

Esse tipo de transição é chamado de teletransporte.

O teletransporte é a forma de transição entre as imagens 360.

Durante a experiência imersiva, ao tomar a decisão de mudar de ambiente, a pessoa “desaparece” do ambiente onde está e “aparece” em outro ambiente.

Interagindo dessa forma, ela vai transitando entre os ambientes 360.

No Google Street View podemos realizar visitas virtuais pelo mundo: ruas, museus, pontos turísticos, hotéis, restaurantes e muitos outros locais.

De forma similar, para uso privado ou comercial, os Tours Virtuais 360 são ótimos para apresentações interativas (com ou sem o uso do Óculos VR).

Os Tours Virtuais são usados por muitas empresas e profissionais para diferentes finalidades.

As aplicações vão desde treinamentos e processos de onboarding de novos colaboradores, até apresentação de produtos e serviços.

Essas são algumas das possibilidades:

  • Treinamentos imersivos
  • Showroom comercial
  • Ações em feiras e eventos
  • Lojas virtuais
  • Testes A/B para disposição de produtos em gôndolas
  • Apresentação de projetos de arquitetura, design de interiores e móveis planejados
  • Venda e locação de imóveis
  • Plantões de venda de empreendimentos na planta
  • Vistorias imobiliárias
  • Comercialização de serviços captura de fotografias 360
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Vídeos 360

Um vídeo 360 permite contar histórias, gerar empatia e estimular emoções.

Quando gerado e utilizado da forma correta, pode transmitir experiências muito impactantes.

Porém, não é difícil gerar um resultado negativo se captado, gerado ou aplicado de forma errada.

Existem câmeras 360 que permitem filmar ambientes reais em 360 graus.

Nos projetos 3D, os softwares de modelagem geram e exportam filmes e animações em 360.

Durante o processo de criação do vídeo é possível definir se ele terá ou não deslocamento de câmera.

Vídeos 360 com deslocamento de câmera

São conteúdos imersivos voltados principalmente ao entretenimento!

O movimento de deslocamento da câmera consegue transmitir um nível maior de emoção.

Eles são indicados para experiências como esportes radicais, simulações de montanhas-russa, automobilismo e afins.

vídeo 360 da FireWhip, no Beto Carrero World, é um ótimo exemplo.

É possível sentir a emoção assistindo pela tela do computador ou do celular (imagina usando um Óculos VR).

O Beto Carrero também disponibilizou outros vídeos 360 de seus brinquedos no canal no Youtube.

Alguns cuidados necessários

Em experiências como essa da montanha-russa, as pessoas já esperam por movimentos e emoção, mesmo que inconscientemente.

Nesse contexto, o vídeo 360 consegue alcançar o seu objetivo e transmitir a experiência desejada.

Entretanto, vídeos 360 com deslocamento de câmera geram experiências negativas quando aplicados em um contexto errado.

Nestes casos, o resultado é um grande desconforto durante a experiência e sensações de náuseas, tonturas e enjôo após retirar o Óculos VR.

Este é um exemplo negativo de vídeo 360 com deslocamento de câmera.

A apresentação do um imóvel foi feita em um vídeo sem estabilização, sem qualidade de áudio, baixa iluminação e com falhas no 360.

Quase tudo o que poderia ser feito de errado em um vídeo 360, foi feito nesse vídeo.

No canal do vídeo no Youtube há outros captados da mesma forma.

Não houve uma evolução nem uma sequência na criação dos conteúdos. Pelo contrário, houve uma desistência.

É uma pena, pois eles poderiam se destacar o mercado imobiliário aplicando técnicas corretas na captação.

Vídeos 360 sem deslocamento de câmera

São vídeos 360 captados sem o deslocamento de câmera. Neste formato, a câmera permanece estática, em um ponto fixo.

O movimento se dá pelos elementos e pessoas que estão no ambiente, em volta da câmera.

Durante a experiência a pessoa se torna um expectador dento do ambiente virtual.

O nível de imersão no vídeo 360 se torna ainda maior quando inseridos conteúdos interativos.

Narração, som ambiente, transições e elementos visuais deixam a experiência mais interessante e envolvente.

Esses itens ajudam a captar e manter a atenção do expectador durante a experiência.

Essa é uma peça publicitária de lançamento de um produto.

Há uma narração que complementa o que está sendo ilustrado com as cenas do comercial.

Técnicas de gravação em 360 foram utilizadas, mantendo a experiência confortável e passando a mensagem como precisa ser passada.

Nesse contexto, a experiência imersiva se torna mais confortável quando o vídeo 360 é gravado em um ponto fixo.

A atenção das pessoas fica voltada para o conteúdo transmitido.

É um tipo de conteúdo imersivo indicado para registrar entrevistas, apresentar produtos ou realizar treinamentos.

Nessa apresentação de um dos datacenters do Google, é possível visualizar um pouco do potencial desse tipo de conteúdo imersivo.

A criação desse vídeo 360 não exigiu grandes produções ou efeitos especiais, apenas utilizou corretamente as técnicas, roteiro e metodologia para vídeos 360.

A transição entre os ambientes usa o recurso de teletransporte, o mesmo dos Tours Virtuais com imagens 360.

Uma pequena animação foi inserida destacando a transição entre os ambientes.

A experiência é mais positiva sem o deslocamento, até mesmo na visualização sem o Óculos VR.

Essas são algumas aplicações para os vídeos 360 sem deslocamento de câmera:

Mercado imobiliário: visita à imóveis novos e usados e apresentação de imóveis na planta.

Arquitetura, decoração e design de interiores: venda ou apresentação de projetos 3D, apresentação de projetos já executados, criação de showrooms virtuais, visitas técnicas e registro acompanhamento de obras.

Treinamentos corporativos: segurança do trabalho, integração de colaboradores e visitantes, demonstração de processos, instrução de uso de equipamentos e manutenção de máquinas.

Jornalismo: documentários, reportagens e transmissões ao vivo.

Visitas guiadas: pontos turísticos, museus, hotéis, restaurantes e locais de acesso restrito.

Cobertura de eventos: shows, festas, olimpíadas, copa do mundo e transmissão de jogos (futebol, basquete, vôlei, beisebol, etc).

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Projetos 3D

É o conteúdo imersivo utilizado em aplicações com gamificação.

A gamificação aplica abordagens interativas que estimulam a execução de tarefas e o cumprimento de missões.

Esses conceitos misturados com Realidade Virtual criam experiências muito próximas da realidade.

A criação de projetos 3D com alto nível de detalhamento demanda tempo, conhecimento técnico especializado e um alto investimento.

Por isso, ele é utilizado em experiências mais complexas: jogos, simuladores, treinamentos corporativos, saúde, educação, engenharia… e outros.

O alto custo de criação e manutenção desses conteúdos ainda dificulta o uso de projetos 3D em grande escala.

Os Aplicativos VR que utilizam projetos de 3D geralmente são personalizados e os Óculos VR que dão suporte a esse tipo de conteúdo funcionam conectados a computadores.

Ao vestir o Óculos VR, as pessoas precisam entender o que precisa ser feito dentro do ambiente.

Caso não seja didática, a experiência acabará sendo frustrante para quem não conhecer esse tipo de linguagem.

Ao adotar esse tipo de conteúdo imersivo, é preciso entender bem o público-alvo.

Finalizando…

Se você já usa Realidade Virtual ou pretende utilizar em breve, definir o tipo de Conteúdo Imersivo é o primeiro passo.

Essa decisão também influenciará na escolha do Aplicativo VR e do modelo de Óculos VR.

Espero ter contribuído.

Abraços!

Maicon Klug
contato@imersiovr.com

10 comentários sobre “1° Pilar da Realidade Virtual: Conteúdo Imersivo

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